“Conselhos
de Jó aos maridos e amigos”
Examinar a vida de Jó é
quase como entrar num crisol. Pense um pouco na palavra crisol. O núcleo dela
está o termo latino crux, que significa "cruz", usado como símbolo de
tortura.
O crisol de Jó foi provocado por dois
ataques severos de Satanás, ambos permitidos por Deus. Primeiro round - ele foi
atacado na área de seus bens e de sua família. Seus meios de ganhar o sustento
e manter um estilo de vida confortável foram subitamente removidos.
O segundo round aconteceu logo depois do
primeiro, antes que o pai desolado pudesse recuperar o fôlego. Satanás estava
decidido a ouvir Jó a amaldiçoar a Deus; atacou-o então na última área restante
- sua saúde. Em vez de reagir em pânico e ira, o homem perseverou heroicamente.
De fato, desde sua época, Jó não veio a ser conhecido como um modelo de
sofrimento, mais de perseverança.
É bom lembrar o que foi escrito sobre ele
em meados do século I: "Tentes
ouvido a paciência de Jó" (Tg 5.11). Jó suportou o crisol; ele não lutou
nem tentou fugir dele. As únicas coisas que lhe restaram depois de a poeira
assentar foi uma esposa e um pequeno círculo de amigos de quem não recebeu
apoio algum. Nenhum corajosamente, consolo, nem palavras de eterna compaixão.
Nem um abraço afetuoso. Eles apenas acrescentaram peso ao seu já pesado fardo.
Mesmo assim, Jó perseverou.
Um professor de história disse certa vez:
"Se Cabral tivesse voltado, ninguém o culparia, mas também ninguém se
lembraria dele". Alguém já disse: "Não confio num homem que não
sofreu...". Olhando para essa declaração, compreendi que os conselhos mais
preciosos que recebi em minha vida não vieram de novatos, mas daqueles que
levavam as cicatrizes do crisol. "Da mesma maneira que os diamantes são
feitos por meio de pressão e as pérolas formadas pela irritação, a grandeza é
forjada pela diversidade". Os conselhos sólidos são dados por veteranos da
dor.
CONSELHOS DE JÓ
Uma vez que isso é verdade, está na hora
de recebermos alguns conselhos de Jó. Mais tarde examinaremos os conselhos e
advertências que outros lhe deram, mas penso que é preciso considerar primeiro
qual seria o conselho dele para nós. Um homem que suporta tamanha angústia tem
certamente coisas úteis a nos dizer. Nenhuma delas diretamente é verdade, mais
todas extraídas indiretamente, por inferência, dos últimos versículos do
segundo capítulo de Jó.
Conselhos às
esposas:
* Tenha sempre cuidado
com suas palavras quando seu marido estiver passando por uma crise;
* Nunca sugiram que
devemos comprometer a nossa integridade.
Conselhos aos maridos:
* Ouça com atenção e
sempre diga a verdade à sua esposa;
* Ensine a ela o que
você aprendeu sobre deus;
* Dê exemplo de pureza
verbal;
* Aceite-a
completamente; ame-a incondicionalmente.
OS TRÊS AMIGOS ORIGINAIS
Não demorou muito depois desta calamidade
para que as notícias sobre Jó chegassem ao conhecimento da maioria de seus
amigos. O homem tinha muitos amigos, não só aqueles que foram vê-lo naquele
dia. Todos souberam que Jó tivera problemas, problemas trágicos. Só alguns,
porém, decidiram viajar para estar com ele. Não sabemos quase nada sobre esses
homens. Não sabemos ao certo onde moravam originalmente. São simplesmente
chamados de "Os três amigos de Jó".
"Ouvindo, pois, os três amigos de Jó
todo este mau que lhe sobreviera, chegaram, cada um do seu lugar" (Jó
2.11). A narrativa bíblica dá o nome deles: Elifaz, Bildade e Zofar.
Os três amigos mais velhos eram
provavelmente xeques ricos que tinham tempo e dinheiro para deixar suas casas e
seus afazeres a fim de visitar Jó. É possível que tivesse encontrado Jó no
mundo dos negócios. Talvez fizessem parte do empreendimento que fora de Jó em
épocas melhores. Não sabemos como fizeram amizade, isto não é contado. O ponto
é que cada um surgiu de um lugar diferente para passar o tempo no crisol com
seu amigo.
A história se desenrola: "Combinaram
ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo" (Jó .11). Você deve prestar
sempre atenção nos verbos quando estiver lendo as escrituras. Esses termos de
ação unem o movimento da história.
Aviso aos amigos: antes de entrar nessas considerações, esses homens deveriam ser elogiados por
terem ido ver Jó. Enquanto todos os outros amigos e conhecidos de Jó apenas
ouviram as notícias e ficaram de estavam, esses pelo menos compareceram. Um
ponto para eles! Sua presença e o motivo que os levou nos dão uma oportunidade
especial para avaliar a verdadeira amizade. Nós consideramos há pouco o
conselho de Jó aos maridos. esta é uma boa ocasião para enfocar algumas
características dos amigos verdadeiros;
* Os amigos se
interessam o bastante para aparecer sem que peçamos;
* Os amigos mostram
simpatia e consolo;
* Os amigos expressam
abertamente a profundidade do seus sentimentos;
* Os amigos não se
afastam diante de espetáculos desagradáveis;
* Os amigos compreendem
e, portanto, dizem muito pouco.
(retirado do site www.ibbv.org.br)
A Graça e a Paz do Senhor Jesus.
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