segunda-feira, 7 de abril de 2014

Talento e Sucesso

"O que determina o seu sucesso na vida não são os seus talentos, mas o preço que você se dispõe a pagar. Certa vez, depois de um concerto, o lendário violinista Isaac Stern foi abordado por uma mulher de meia idade. Ela estava entusiasmada: "Oh! Eu daria a minha vida para tocar como o senhor!". Ao que Stern reagiu: "Minha senhora, foi exatamente isso que eu fiz".

As pessoas sempre usam os dons como desculpa: "Se eu tivesse o dom que fulano tem de ensinar, eu ensinaria desse jeito também". Todavia, para ensinar com excelência, é preciso investir tempo em leitura, em resumos, repetições, tentativas e desenvolvimento. É mais cômodo dizer que alguém se sai bem por ter o dom. Este é o padrão da mediocridade: "Eu não tenho o dom". Se for assim, qual é o seu dom? A essa pergunta, os medíocres fogem ou se esquivam de responder. Eles fazem isso, porque sabem que o dom não é o segredo do sucesso.

Às vezes, o melhor médico não foi o estudante mais bem dotado, mas aquele que conseguiu superar suas próprias limitações e dificuldades. Esse é um preço pago por poucos. Quando comecei a pastorear, precisei lidar com alguns problemas, o primeiro foi a dicção. Eu engolia as palavras, ninguém entendia o que eu falava. Para outros, já era mais fácil, já falavam com clareza, bonito, bem articulado. Mas, para mim, custou caro falar publicamente, foram horas e horas com a caneta na boca repetindo, lendo a Bíblia em voz alta para tentar controlar a língua.

Algumas pessoas já me disseram: "Você tem o dom da fala". Mas eu não tenho esse dom, não sou uma pessoa expansiva, extrovertida. Quem convive comigo vê que eu não sou essa pessoa. Se hoje sou mais articulado, é por esforço, porque procurei desenvolver isso, porque eu quero ser um pastor e me empenho para isso. Se você for à minha casa, verá milhares de livros na biblioteca. Eu não os comprei para enfeitar, li todos. Alguns livros eu leio em um dia; outros, eu guardo para ler muitas vezes. Sou capaz de ler um livro e me lembrar de cada capítulo. Sou capaz de esboçá-lo. Mas não é um dom, é trabalho. Eu treinei muito. Na faculdade, eu pegava fichas e resumia os livros sem que o professor mandasse. Ninguém me mandava estudar. Eu decidi que queria excelência e me dispus a pagar o preço exigido para obtê-la.

Eu não sou muito original. Não quero falar algo novo, prefiro falar algo que seja rico. Quase todos os princípios que exponho em minhas pregações aprendi com alguém, não foram princípios que descobri sozinho. Eles são o resultado de muita leitura, através da qual fui sendo enriquecido. Mas isso custa. Riqueza custa caro."

(Pr.Aluízio A.Silva - Não é Autoajuda é Ajuda do Alto)

A Graça e a Paz do Senhor Jesus.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

4 Estações - 4 Evangelhos

“Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente. Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo.” - 1 Coríntios 15:35-38

As estações do ano são quatro evangelistas, cada uma delas com o seu testemunho para proferir a nós.

Será que o verão não nos fala da bondade de Deus, da riqueza da sua graça, da generosidade pródiga com a qual ele tem o prazer de abastecer a terra, e não apenas com alimentos para o homem, mas com delícias tanto para o ouvido, com pássaros melodiosos, como para os olhos na bela paisagem, e as flores de várias tonalidades e aromas para o olfato?

Você nunca ouviu falar a voz mansa e delicada do outono, que carrega os campos de trigo e sussurra para nós no farfalhar das folhas murchas? Ele nos convida a nos preparar para morrer. "Tudo o que existe" - diz o outono - "se desvanece como uma folha", e " todas as nossas justiças como trapo da imundícia."

Em seguida, vem o inverno, coroado de neve, e ele troveja um mais poderoso sermão, que, se quisermos e pararmos para ouvir de fato, poderia nos impressionar com os terrores da vingança de Deus em sua santidade absoluta, e vamos ver como em um curto período de tempo, Ele pode tirar a terra de todas as suas brincadeiras e entretenimentos sem fim, belezas... e revesti-la de tempestade, quando vier julgar a terra com justiça e os povos com equidade.

Mas me parece que a primavera nos lê um mais excelente discurso sobre a grande doutrina da revelação. Este mesmo mês de abril (Primavera na Inglaterra), que, se não for a própria entrada da primavera, mas certamente nos apresenta a plenitude dela; este mesmo mês, tendo por seu nome o título do mês de abertura, nos fala da ressurreição. Como quando atravessamos os nossos jardins, campos e bosques, temos visto as flores, gomos prontos para estourar sobre as árvores e os frutos - flores apressando-se a desdobrar-se, vemos as flores enterradas subindo do solo, e elas nos falaram com doce, doce voz, as palavras : "Tu também deves subir novamente, tu também serás sepultado na terra como sementes que se perdem no inverno, mas tu subirás novamente, e viverás e irás florescer em uma nascente eterna".

Meditação sugerida: Só um tolo ignora as lições da criação - Romanos 1:20-22:

“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” - Romanos 1:20-22

Leitura sugerida: Lucas 21:25-33:

“E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima. E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores; Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão. Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto. Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar.” - Lucas 21:25-33

Charles H. Spurgeon - 01 de abril (1860) - Sermão nº 306


A Graça e a Paz do Senhor Jesus.