“Mas alguém dirá: Como
ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! o que tu semeias não
é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo
que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer
semente. Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio
corpo.” - 1 Coríntios 15:35-38
As estações do ano são
quatro evangelistas, cada uma delas com o seu testemunho para proferir a nós.
Será que o verão não nos fala da bondade de Deus,
da riqueza da sua graça, da generosidade pródiga com a qual ele tem o prazer de
abastecer a terra, e não apenas com alimentos para o homem, mas com delícias tanto
para o ouvido, com pássaros melodiosos, como para os olhos na bela paisagem, e
as flores de várias tonalidades e aromas para o olfato?
Você nunca ouviu falar
a voz mansa e delicada do outono,
que carrega os campos de trigo e sussurra para nós no farfalhar das folhas
murchas? Ele nos convida a nos preparar para morrer. "Tudo o que existe"
- diz o outono - "se desvanece como uma folha", e " todas as
nossas justiças como trapo da imundícia."
Em seguida, vem o inverno, coroado de neve, e ele troveja
um mais poderoso sermão, que, se quisermos e pararmos para ouvir de fato,
poderia nos impressionar com os terrores da vingança de Deus em sua santidade
absoluta, e vamos ver como em um curto período de tempo, Ele pode tirar a terra
de todas as suas brincadeiras e entretenimentos sem fim, belezas... e revesti-la
de tempestade, quando vier julgar a terra com justiça e os povos com equidade.
Mas me parece que a primavera nos lê um mais excelente discurso
sobre a grande doutrina da revelação. Este mesmo mês de abril (Primavera na
Inglaterra), que, se não for a própria entrada da primavera, mas certamente nos
apresenta a plenitude dela; este mesmo mês, tendo por seu nome o título do mês
de abertura, nos fala da ressurreição. Como quando atravessamos os nossos
jardins, campos e bosques, temos visto as flores, gomos prontos para estourar
sobre as árvores e os frutos - flores apressando-se a desdobrar-se, vemos as flores
enterradas subindo do solo, e elas nos falaram com doce, doce voz, as palavras
: "Tu também deves subir novamente, tu também serás sepultado na terra
como sementes que se perdem no inverno, mas tu subirás novamente, e viverás e irás
florescer em uma nascente eterna".
Meditação
sugerida: Só um tolo
ignora as lições da criação - Romanos 1:20-22:
“Porque as suas coisas
invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua
divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas,
para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se
desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios,
tornaram-se loucos.” - Romanos 1:20-22
Leitura
sugerida: Lucas
21:25-33:
“E haverá sinais no sol
e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo
bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das
coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E
então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora,
quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas
cabeças, porque a vossa redenção está próxima. E disse-lhes uma parábola: Olhai
para a figueira, e para todas as árvores; Quando já têm rebentado, vós sabeis
por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão. Assim também vós, quando
virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto. Em verdade
vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça. Passará o céu e a
terra, mas as minhas palavras não hão de passar.” - Lucas 21:25-33
Charles H. Spurgeon - 01
de abril (1860) - Sermão
nº 306
A Graça e a Paz do Senhor Jesus.
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