A vida é difícil. Esta declaração
incisiva representa uma variação acurada da nossa existência neste planeta.
Quando o escritor no livro bíblico chamado Jó tomou sua caneta para escrever
esta história, ele poderia ter começado com uma sentença praticamente similar
e igualmente incisiva: "a vida é injusta".
A história de
Jó não só é relevante, como representa uma das mais antigas em melhores
composições literárias de todos os tempos. Alguns a datariam dos dias de
Gênesis. Em vista da idade avançada de Jó, ela se enquadra na categoria das
histórias escritas durante os dias dos patriarcas.
UMA ANÁLISE RÁPIDA E SÓRDIDA
Jó era um homem de piedade genuína,
incomparável. O homem de merecida prosperidade. Homem piedoso, extremamente
rico, excelente marido e pai fiel. Devido a uma brutal e súbita série de
calamidades, Jó ficou reduzido a uma massa retorcida de prostração e
sofrimento. O extraordinário acúmulo de desastres que o assaltaram teria sido
suficiente para acabar com qualquer um de nós hoje.
Jó vai à falência, fica sem lar,
indefeso e sem filhos. Vê-se junto às sepulturas novas de seus filhos numa
colina partida pelo vento. Sua mulher soluça ao seu lado enquanto se ajoelha
perto do marido, tendo acabado de ouvi-lo dizer: "O Senhor o deu e o
Senhor tomou; bendito seja o nome do Senhor!" (1.21). Ela se inclina
sobre ele e sussurra em segredo: "Amaldiçoa a Deus e morre" (2.9).
Faça uma pausa e reflita sobre a tristeza do casal - lembre-se também de que
este homem nada fizera para merecer uma dor assim insuportável.
Miséria e mistério são acrescentados ao
insulto e à injúria dos desastres de Jó na vida real. Enquanto fica ali
sentado, coberto de úlceras e faz cheias de pus pelo corpo, as quais provocam
febre de uma coceira enlouquecedora e incessante, e ele olha para o rosto de
três amigos que entram em cena. Estes ficam sentados, olhando para o homem
durante sete dias e sete noites, sem pronunciar qualquer palavra.
Infelizmente, não permanece em silêncio.
Quando afinal falam, não tem nada a dizer se não atribuir culpa, fazer
acusações e dirigiram insultos. Sua miséria
transforma-se em mistério diante do silêncio de Deus. Se as palavras dos
supostos amigos são difíceis de ouvir, o silêncio de Deus torna-se
absolutamente intolerável.
VAMOS VOLTAR A COMEÇAR DE NOVO
A história começa com o currículo
notável de um homem excelente. Jó pode tornar-se nosso herói da perseverança,
mais devemos lembrar que ele é apenas um homem e de não um super-homem. Não
um anjo em corpo humano. É somente um homem (vs. 1-5).
Naquele ponto de ele havia acumulado um
grande número de bens. Acima de tudo isso. Jó possuía uma família feliz e
saudável, com dez filhos adultos morando nas proximidades. Jó tinha controlado
tudo, e surpreendentemente ninguém o criticava porque não havia nada criticar
sobre ele. Jó exercia controle total de tudo.
Você vai notar que ele tinha suas
preocupações (vs. 4,5).
A oferecer as ofertas queimadas em nome
de cada jovem adulto, e ele se preocupava com a idéia de que poderia haver no
coração deles uma pitada de desobediência, ou que talvez um deles tivesse
contado uma piada vulgar durante seus encontros freqüentes. Jó é
profundamente zeloso - espiritualmente sensível não só em relação à sua vida,
mais do que se referia à coerência da vida de seus filhos. Homem de coração.
Puro. Verdadeiro. Sacerdote fiel. Que homem!
A
CENA MUDA
Os versículos 1 a 5 estão cheios de boas
notícias, bênçãos maravilhosas, integridade nos negócios, pureza de coração,
fidelidade de vida. O homem é espiritualmente maduro, diligente no lar e
respeitado em sua profissão.
Mas, outra cena se abre para nós, a qual
é desconhecida de Jó. Coisas semelhantes também ocorrem em nossas vidas.
Quando não percebemos, Deus executa planos que nos surpreende e,
ocasionalmente, nos choca. Ele permite que aconteçam coisas que não
esperamos. Sem o conhecimento de Jó, algo ocorre no plano celestial.
Presente entre os anjos encontra-se um
intruso. Ele é Satanás, que acusa dia e noite o povo de Deus. O acusador
aparece de repente entre os outros anjos.
Ele tem personalidade e estava envolvido
numa tarefa incessante de destruir o povo de Deus e opor-se ao plano divino.
É este insidioso adversário que encontramos de pelo céu entre o grupo de
servos angélicos fiéis.
UM
PLANO INSIDIOSO SUGERIDO POR SATANÁS
A partir do versículo 7 até o versículo
12, temos um diálogo muito interessante. Você não vai encontrá-lo em nenhum
outro livro da bíblia. O Senhor Deus vê o intruso e fala com ele: "donde
vens?".
A resposta de Satanás é breve e parece
atrevida: "de rodear a terra e passear por ela" (1.7).
O Senhor então indaga: "observaste
o meu servo Jó?" (1.8). Que o título magnífico Deus deu a Jó! "Meu
Servo". Ele poderia ter sido considerado o "maior de todos os
homens do oriente" (1.3), mas o fato maravilhoso sobre Jó é que era
servo de Deus. Embora muito conhecido em toda parte, não era uma celebridade
os olhos de Deus. Não havia orgulho no coração do homem. A variação de Deus é
impressionante: "por que ninguém há na terra semelhante a ele, homem
íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mau" (1.8).
Ao ouvir a palavra mal, a fonte do mal
responde: "Porventura, Jó teme a Deus em vão? (1.9). Em nossas palavras:
”Olhe, Deus, admita o seu tratamento dele com luvas de pelica!" o
acusador continua: "Acaso não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a
tudo quando tem?" (1.10).
Examinemos a que a personalidade do
acusador. Sabemos que ele tem um intelecto por que conversa com Senhor. Vemos
que Satanás tem emoções para mostrar antagonismo em relação à Jó. Possui
também vontade porque pretende destruir Jó, na esperança de desacreditar
Deus. A grande esperança de Satanás é arrasar Jó (1.11)
É um plano astucioso, mas também
injusto. Jó não merece que era a sugestão de maus-tratos. Ele certamente
andou com Deus em seus anos adultos. É agora o melhor dos melhores, "o
maior de todos os do oriente". Além de tudo, Jó é um servo de Deus. Mais
nada disso impressiona Satanás. Suspeitas malignas investigam sua conspiração
insidiosa: "Se quiser saber do que ele realmente a efeito, retire todo
esse tratamento privilegiado e essa proteção total. remova dele o verniz do
conforto e verá que imediatamente se voltará contra ele".
Veja o bilhete de permissão que Deus
entrega a Satanás (v.12).
Satanás saio da presença do Senhor com
um risinho sinistro. Lembre-se de que Jó nada sabia desse diálogo.
QUATRO
PRINCÍPIOS QUE PERMANECEM VERDADEIROS ATÉ HOJE:
1. Encontramos um
inimigo que não podemos ver, mas ele é real;.
2. Suportamos
provações imerecidas, mas que são permitidas;
3. Há um plano que não
compreenderemos, mais que é o melhor;
4. Sofremos
conseqüências que não esperávamos, mas que são necessárias.
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Há muito mais na saga de Jó. Quanto mais
a história se desenrola tanto mais você vai compreender que a vida não é só
difícil, ela é injusta.
O
silêncio da voz de Deus faz você pensar se ele está mesmo longe. A ausência
da presença de Deus fará você imaginar se ele sequer se importa. Ele está
perto. Ele se importa.
Continuaremos com este estudo... A Graça e a Paz do Senhor Jesus. |
"Pois assim o Senhor nos ordenou: 'Eu fiz de você luz para os gentios para que você leve a Salvação até os confins da terra'." (Atos 13:47)
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Estudo de Jó - I
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